O que é o Jiu-Jitsu:
O que é o Jiu-Jitsu? Uma imersão profunda
O Jiu-Jitsu: A Arte Suave

Jiu-Jitsu, traduzido literalmente, significa “arte suave”. Mas por que uma modalidade de luta seria chamada de suave? A resposta reside na filosofia subjacente à arte: ao invés de combater a força com mais força, o Jiu-Jitsu ensina a usá-la a seu favor, desviando o poder do adversário e utilizando alavancas para dominar o oponente.
Técnica acima da Força
A beleza do Jiu-Jitsu reside no fato de que não é necessário ser o mais forte ou o mais rápido para ser eficaz. A técnica é a protagonista. Isso torna o Jiu-Jitsu uma opção atraente para pessoas de todas as idades, tamanhos e níveis de aptidão física. Uma pessoa bem treinada em Jiu-Jitsu pode facilmente dominar um adversário mais forte e maior, simplesmente porque conhece as técnicas corretas e sabe quando e como aplicá-las. Na foto, Marcos Túlio, fundador da Associação Arte Suave Milenar, preparando-se para passar a guarda do adversário em uma competição.
Solo e Guarda: O Coração do Jiu-Jitsu
Enquanto muitas artes marciais se concentram em golpes e chutes, o Jiu-Jitsu é famoso por seu foco na luta de chão. Uma posição fundamental é a “guarda”, onde o praticante está de costas, mas usa as pernas para controlar e manipular o oponente. A partir daqui, uma variedade de alavancas, estrangulamentos e chaves de articulação podem ser aplicadas, permitindo ao lutador dominar o oponente sem a necessidade de golpes violentos. Em sua essência, a prática envolve o domínio de movimentos intrincados que permitem aos praticantes subjugar adversários, aplicando manobras precisas e força estratégica. Ao contrário de outros esportes de combate, o Jiu-Jitsu destaca o controle, priorizando técnicas de imobilização, manipulação de articulações e estrangulamentos.
Autodefesa e Esporte
O Jiu-Jitsu é uma excelente ferramenta de autodefesa. As técnicas ensinadas podem ser usadas para neutralizar ameaças sem causar dano desnecessário. No entanto, também se tornou um esporte competitivo. As competições de Jiu-Jitsu ocorrem em todo o mundo, desde campeonatos locais até mundiais, e oferecem aos praticantes a oportunidade de testar suas habilidades em um ambiente controlado.
Conclusão
O Jiu-Jitsu é mais do que apenas uma arte marcial; é uma filosofia de vida para muitos. A “arte suave” ensina a respeitar os outros, a conhecer a si mesmo e a enfrentar os desafios com técnica e inteligência ao invés de força bruta. Seja para autodefesa, competição ou simplesmente como uma forma de exercício e meditação, o Jiu-Jitsu tem algo a oferecer para todos. E aí, pronto para começar sua jornada?
Origem do Jiu-Jitsu:
A Evolução Histórica do Jiu-Jítsu
Das Origens Milenares à Terra do Sol Nascente
O jiu-jítsu, com suas técnicas refinadas e filosofia profunda, remonta a mais de três mil anos antes de Cristo. Acredita-se que a Índia foi o berço dessa arte marcial, inicialmente praticada por monges budistas. Durante suas jornadas espirituais, muitas vezes esses monges se tornavam alvos de bandidos e, respeitando a doutrina budista que preconiza a não violência e proíbe o uso de armas, criaram um sistema de defesa baseado no corpo-a-corpo. Esse sistema, centrado em desvios, alavancas e imobilizações, é reconhecido como o precursor do jiu-jítsu.
Com as passagens de caravanas e o fluxo de trocas culturais, a arte encontrou seu caminho até o Japão, onde foi refinada e adaptada. Nas mãos dos samurais japoneses, o jiu-jítsu transformou-se em uma habilidade crucial, ensinando os guerreiros a lutar eficazmente mesmo quando desarmados. Técnicas como quedas, torções, chaves de articulação e estrangulamentos tornaram-se a base desse sistema, permitindo aos praticantes superar adversários, independentemente da diferença de tamanho ou força.

Conde Koma: A Ponte para o Novo Mundo
Um dos nomes fundamentais para a expansão do jiu-jítsu fora do Japão é Mitsuyo Maeda, mais conhecido como Conde Koma (foto à esquerda). Discípulo do Mestre Jigoro Kano. Nascido no Japão e posteriormente naturalizado brasileiro, Maeda foi um incansável promotor do jiu-jítsu. Iniciou sua jornada internacional nos Estados Unidos em 1904 e, após percorrer diversos países, desembarcou em solo brasileiro, especificamente no estado do Pará, em 1914.
O Surgimento do Jiu-Jítsu Brasileiro
O Brasil, com sua rica tapeçaria cultural, acolheu o jiu-jítsu de braços abertos. Foi em Belém do Pará que Maeda estabeleceu sua primeira escola, e um de seus mais notáveis alunos foi Carlos Gracie. A colaboração de Maeda com a família Gracie foi determinante para a formação do que hoje conhecemos como Jiu-Jítsu Brasileiro (BJJ). Em 1925, os Gracie inauguraram sua própria academia, desenvolvendo e aprimorando as técnicas que haviam aprendido, criando uma vertente única e poderosa da arte. O jiu-jítsu brasileiro, ao longo dos anos, consolidou-se não só como uma modalidade de luta, mas como um estilo de vida. E com o advento das Artes Marciais Mistas (MMA), a eficácia e singularidade do BJJ foram reconhecidas em escala global, destacando-se nos eventos de MMA e reafirmando o Brasil como epicentro dessa arte evolutiva.

Origem do Jiu- Jitsu da ASM BJJ
Marcos Túlio aprendeu o Jiu-Jitsu da ASM BJJ diretamente com o Mestre Ricardo Dela Riva, que foi discípulo do Mestre Carlson Gracie, e transmite este conhecimento a seus alunos e afiliados. Ao matricular você ou seu filho numa academia ASM você tem a certeza que a origem do Jiu-Jitsu que será aprendida tem como fonte grandes mestres do esporte.
Troca de Faixas no Jiu-Jitsu
Graduação de Faixas no Jiu-Jitsu até os 15 anos: Uma Jornada de Descoberta e Crescimento
O Jiu-Jitsu não é apenas uma arte marcial; é uma jornada de autodescoberta, disciplina e resiliência. A graduação de faixas representa os marcos dessa trajetória, refletindo o progresso técnico e pessoal do praticante. Para os jovens até 15 anos, essa progressão é especialmente importante, pois molda seu desenvolvimento dentro e fora do tatame.

Faixa Branca (4-6 anos): Este é o início da jornada. Os pequenos aprendem os fundamentos básicos do Jiu-Jitsu, como postura, equilíbrio e os primeiros movimentos defensivos. Mais do que técnicas, nessa etapa é crucial incutir o amor pela arte, o respeito pelo professor e colegas e a importância da disciplina.
Faixa Cinza-Clara e Cinza (6-9 anos): Aqui, os jovens começam a aprofundar seu conhecimento técnico, introduzindo-se a técnicas mais complexas e sequências de movimentos. Além da técnica, a consciência corporal e o entendimento tático da luta são aprimorados.
Faixa Amarela (9-12 anos): Nessa fase, os praticantes já possuem uma base sólida. Eles são apresentados a técnicas avançadas e começam a participar de competições, se assim desejarem. A importância do espírito esportivo, da resiliência e da estratégia se tornam mais evidentes.
Faixa Laranja (12-14 anos): Com uma compreensão mais refinada do Jiu-Jitsu, os jovens nesta faixa focam em aprimorar suas habilidades, refinando detalhes e trabalhando na fluidez entre as técnicas. A mentalidade de “arte suave” é profundamente internalizada, aprendendo-se a usar a força do adversário a seu favor.
Faixa Verde (14-15 anos): A última faixa antes de ingressar na categoria adulta, a faixa verde representa um alto nível de competência técnica. Os jovens aqui já são considerados avançados, muitas vezes auxiliando no ensino dos mais novos e servindo como modelo para os que estão começando.
Ao atingir os 16 anos, os praticantes passam para a categoria de adultos e começam sua jornada na faixa azul.
A jornada de graduação de faixas no Jiu-Jitsu até os 15 anos é uma trajetória de crescimento constante. A cada nova faixa, o praticante não só adquire habilidades no tatame, mas também lições de vida, valores e princípios que os acompanharão por toda a vida.
Graduação de Faixas no Jiu-Jitsu a partir dos 16 anos: A Caminhada para a Maestria
A jornada no Jiu-Jitsu não se encerra na infância ou adolescência; ela simplesmente evolui. A partir dos 16 anos, os praticantes ingressam na categoria adulta, onde a profundidade técnica, a maturidade tática e o entendimento filosófico da “arte suave” são levados a novos patamares.

Faixa Azul (16-18 anos): A primeira faixa na categoria adulta simboliza uma nova etapa na trajetória do Jiu-Jitsu. O foco aqui está na expansão do repertório técnico e na compreensão de como aplicar eficazmente essas técnicas em diferentes situações de combate. Também é uma fase em que muitos atletas começam a competir mais seriamente, testando suas habilidades contra adversários de nível similar.
Faixa Roxa (18-21 anos): Com um conhecimento técnico já consolidado, na faixa roxa, o praticante começa a aprofundar-se na estratégia e na mentalidade do Jiu-Jitsu. É comum que atletas desta graduação comecem a ensinar classes iniciantes, transmitindo o conhecimento adquirido e desenvolvendo habilidades de liderança.
Faixa Marrom (21-25 anos): Próximo ao ápice técnico, o faixa marrom tem uma compreensão profunda da arte. Aqui, o atleta refinamento ao extremo suas técnicas, entendendo não apenas o “como”, mas também o “porquê” de cada movimento. A maturidade tática é evidente, e muitos começam a desenvolver seu próprio estilo de luta, adaptando-se às suas forças e características individuais.
Faixa Preta (a partir dos 25 anos): O ápice da jornada. Alcançar a faixa preta é uma prova de dedicação, resiliência e paixão pelo Jiu-Jitsu. No entanto, em vez de um final, muitos veem isso como um novo começo. A jornada de aprendizado nunca para, e muitos faixas pretas continuam a aprimorar suas habilidades, competir e ensinar a próxima geração. Dentro da faixa preta, ainda existem graus que representam anos de dedicação à arte.
Ao longo dessa caminhada, mais do que técnicas e medalhas, o praticante de Jiu-Jitsu absorve valores essenciais, como respeito, disciplina, humildade e determinação. A graduação de faixas a partir dos 16 anos não é apenas sobre tornar-se um lutador mais eficaz, mas sobre evoluir como ser humano e contribuir positivamente para a comunidade do Jiu-Jitsu e para a sociedade como um todo.
Após a Faixa Preta no Jiu-Jitsu: Os Graus de Maestria e Legado
Ao alcançar a faixa preta, o praticante já demonstrou uma profunda dedicação e compreensão do Jiu-Jitsu. No entanto, dentro dessa faixa, existe uma série de graus que representam ainda mais anos de compromisso e aprofundamento na arte.
Faixa Preta – 1° ao 6° grau: Durante esses graus, o faixa preta continua sua jornada de aprendizado e aprimoramento. Aqui, além de refinar ainda mais suas técnicas, muitos focam na disseminação do Jiu-Jitsu, se tornando professores e mentores para a nova geração. Cada grau pode representar anos de dedicação, e a passagem entre eles varia de acordo com critérios estabelecidos por federações e mestres.
Faixa Coral (7° e 8° grau) – Preta e Vermelha: Esta é uma faixa de transição entre a faixa preta e a vermelha. Ao chegar a este nível, o praticante já dedicou décadas ao Jiu-Jitsu. O reconhecimento como faixa coral é uma homenagem à sua contribuição para a arte, seja como competidor, professor ou ambos.
Faixa Vermelha (9° e 10° grau): Apenas os grandes mestres, que dedicaram suas vidas ao Jiu-Jitsu, alcançam esta faixa. Eles são considerados pilares da comunidade e são reverenciados por sua vasta experiência e conhecimento. A faixa vermelha simboliza uma vida inteira dedicada à “arte suave”, e aqueles que a possuem são vistos como guardiões e transmissores do legado do Jiu-Jitsu.
Faixa Vermelha e Preta (11° e 12° grau) e Faixa Vermelha e Branca (13° grau): Estas faixas são ainda mais raras e representam mestres que dedicaram ainda mais tempo ao esporte, contribuindo enormemente para o crescimento e a evolução do Jiu-Jitsu. Eles são a personificação da maestria e do legado da arte.
Ao avançar através desses graus após a faixa preta, o praticante não apenas solidifica sua posição como um especialista em Jiu-Jitsu, mas também como alguém que influenciou, de forma positiva e duradoura, a trajetória da arte no mundo. É um testemunho do poder transformador do Jiu-Jitsu e da capacidade de impactar gerações futuras.
Benefícios do Jiu-Jitsu
- Combate à ansiedade e ao estresse:
- A prática do Jiu-Jitsu não só desafia o corpo, mas também a mente. O esforço físico durante os treinamentos libera dopamina, conhecida como o hormônio do prazer, combatendo sintomas de ansiedade e estresse.
- Através de movimentos complexos, estrangulamentos e mobilizações, o praticante desenvolve uma mentalidade de foco e reflexão rápida, que é benéfica para a saúde mental.
- Cultivo da disciplina e valores:
- Mais do que simplesmente uma arte marcial, o Jiu-Jitsu é uma escola de caráter. Ensina valores como humildade, respeito, resiliência e a importância do diálogo.
- A prática constante promove a persistência e o desejo de superação.
- Habilidade em defesa pessoal:
- Aprender Jiu-Jitsu prepara o praticante para se defender em situações adversas, principalmente em confrontos diretos sem armas.
- É uma ferramenta poderosa para segurança pessoal, tornando o indivíduo mais consciente e alerta em ambientes diversos.
- Modelagem e definição corporal:
- Além da aprendizagem técnica, o Jiu-Jitsu é um intenso exercício físico. Pode-se queimar mais de 800 calorias em uma única aula.
- O treinamento regular tonifica e fortalece músculos, contribuindo para um corpo bem definido.
- Promoção da saúde cardiovascular:
- Os exercícios aeróbicos e anaeróbicos integrados no Jiu-Jitsu melhoram a circulação sanguínea e a saúde cardiovascular.
- A prática regular mantém o coração saudável e acelera o metabolismo.
- Aprimoramento do condicionamento físico:
- Uma aula de Jiu-Jitsu desafia todos os aspectos do condicionamento físico, desde a resistência até a força.
- Alunos frequentemente relatam melhorias em outras atividades físicas devido ao condicionamento adquirido no tatame.
- Estímulo à socialização e hábitos alimentares saudáveis:
- O ambiente acolhedor das academias fomenta amizades e um sentimento de pertencimento.
- Muitos praticantes, inspirados por colegas e instrutores, adotam dietas mais saudáveis e melhoram seus hábitos alimentares.
Ao considerar todos esses benefícios, torna-se claro que o Jiu-Jitsu é mais do que apenas uma arte marcial: é um estilo de vida. Seja para aprimorar a saúde física, mental ou ambas, o Jiu-Jitsu tem algo a oferecer para todos. Ao embarcar nessa jornada, é crucial escolher uma academia e um mestre que alinhe com seus valores e objetivos. A “arte suave” promete resultados transformadores para aqueles que se dedicam a ela.